quinta-feira, 30 de maio de 2019

O leite que sai do sapo cega?



Quem nunca escutou esse tipo de afirmação sobre os sapos, coisa como “menino não mexe no sapo que ele vai já jogar veneno em ti”. Em parte, isso é verdade, o sapo realmente libera uma substância de seu corpo, mas vamos já compreender como essa característica funciona.
Os sapos são geralmente espécies da família dos bufonídeos (Família Bufonidae). Visualmente, podemos distinguir o sapo dos outros anuros analisando sua pele. A pele desses animais é mais seca e rugosa, o que os difere das pererecas e rãs, as quais apresentam pele mais lisa e úmida.
Além disso, os sapos, em geral, são mais volumosos e possuem patas curtas que impedem saltos a grandes distâncias. Eles ainda apresentam glândulas paratoides, onde é produzido veneno. Esses animais são encontrados em áreas mais secas, procurando ambientes aquáticos apenas no momento da reprodução. O sapo mais comum no Brasil é o famoso sapo-cururu.
Depois dessa primeira análise sobre os sapos, vamos as correções biológicas né. Para começar, não é leite que sai do sapo pois os mesmos não são vacas né, o motivos para este dito popular é porque muitos sapos possuem na parte lateral da cabeça duas glândulas chamadas parótidas (ou parotóides) já mencionadas mais acima, que produzem uma secreção de aspecto leitoso. Essa substância serve para que os sapos se defendam dos seus predadores.
Essa característica não é preocupante por que jorrar essa secreção em você, pois eles por si próprios não são capazes de liberar a substância e utilizá-la como arma de ataque. Ela só é expelida através dos poros se a glândula for pressionada, como no caso da mordida de um predador. Caso um animal, como exemplo um cachorro venha a morder um sapo, o sapo através das parótidas irá liberar a substância e as toxinas presentes na mesma (bufotoxinas) contêm aminas vasoativas, como adrenalina, noradrenalina e serotonina. Tais substâncias são vasoconstritores potentes aumentando a resistência vascular periférica, resultando em aumento da pressão arterial. Outro efeito tóxico das bufotoxinas também afetando o sistema cardiovascular, é a hipercalemia, comum em cães intoxicados por essas toxinas. Os sinais clínicos incluem hipersalivação, mucosas hiperêmicas, apatia, vômitos, ansiedade, cegueira, taquipnéia e dor abdominal. Os animais podem apresentar sinais nervoso, incluindo convulsões, ataxia, nistagmo, opistótomo, estupor e coma (ROBERTS et al., 2000). A morte destes cães está relacionada ao efeito cardiotóxico do veneno levando à morte por fibrilação ventricular (OSWEILER, 1995; SAKATE & OLIVEIRA, 2000). A manifestação dos sinais clínicos se dá rapidamente após a intoxicação, sendo que a morte pode ocorrer 15 minutos após o aparecimento dos sinais clínicos (SAKATE & OLIVEIRA, 2001).
Apesar de toda essa crença, os sapos são ótimos para o nosso ambiente por serem extremamente sensíveis ao equilíbrio bioquímico das águas são ótimos indicadores ambientais. Sem falar que os mesmos também ajudam no controle de pragas.
Pelo fato dos sapos produzirem substâncias químicas que já comentamos na pele que os protegem contra bactérias e fungos, existe menos chance de adquirir uma doença quando tocamos em um sapo, do que quando tocamos em cães ou gatos, por exemplo e essas substâncias podem ser usadas como analgésicos, cicatrizantes e fungicidas em uma variedade grande de doenças humanas - portanto, sapos são um laboratório vivo que a natureza nos dá. E o laboratório precisa ser preservado, é claro.


REFERÊNCIAS

LOPES, R. R. F. B.; QUESSADA, A. M.; BORGES, T. B. INTOXICAÇÃO POR TOXINA DE SAPO EM UM CÃO - RELATO DE CASO. Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 2014.

SONNE, L. et al . INTOXICAÇÃO POR VENENO DE SAPO EM UM CANINO. Cienc. Rural,  Santa Maria ,  v. 38, n. 6, p. 1787-1789,  Sept.  2008 



quinta-feira, 16 de maio de 2019

Aula sobre bactérias - 7º ano



O 7º ano foi uma das turmas mais tranquilas para dar aula, pois apesar de terem uma diferença muito pequena com os alunos do 6º ano, senti neles um pouco mais de concentração e dessa forma conseguiram captar o principio da aula que foi ministrada. No 7º ano eu levei para eles uma aula sobre bactérias onde podíamos ver características, fotos mostrando os formatos que uma bactéria pode ter, debatemos sobre as doenças que uma bactéria pode causar como também eles foram estimulados a pensar se so existiam bactérias maléficas ao nosso organismo. A aula fluiu muito bem. Ao final eles foram para realização de exercícios que corrigimos posteriormente. Para casa no intuito de estimular o estudo deles sobre as bactérias, eles tiveram que pesquisar 5 doenças causadas por bactérias e levar na aula seguinte onde o professor orientador técnico iria ver como poderia bonifica-los com alguma pontuação. Foi uma aula muito legal!
#EstagioSupervisionado
#Bacterias
#EnsinoFundamentalII

Palestra sobre Gravidez na Adolescência - 8º ano



Gravidez na adolescência é um tema que nunca sai de “moda” pois é uma problemática que ainda atinge boa parte dos adolescentes principalmente os que de baixa renda. A escola que eu e o meu companheiro de estágio João Salmito estamos estagiando nos solicitou essa temática exatamente por que a escola já teve vários casos de alunas grávidas. Diante disso, preparamos uma palestra sobre o tema que foi muito bem recepcionada pelos alunos que puderam ver vídeos e debater sobre o tema e tirar dúvidas que por ventura tinham e não tinha para quem perguntar sem ser censurados. Levamos a mesma palestra para o 9º ano, mas infelizmente devido um evento promovido pela prefeitura na escola, adiamos para essa semana. Para a turma do 8º ano, só temos que dá os parabéns pelo interesse e participação nos nossos eventos. Viva a ciência humana e viva ao estágio supervisionado.

#GravidezNaAdolescencia
#EstagioSupervisionado

1º dia de regência no estágio - 8º ano


O estágio supervisionado era uma das disciplinas que eu estava bem curiosa para fazê-la, fiquei um pouco chateada por que como já ensino para turmas do fundamental 2, não concordava em ter que cumprir todas as horas da regência, nem mesmo os 50% de regência que exigiram de mim. Quando chego na escola onde fui lotada para realizar meu estágio, fiquei um pouco receosa pois era uma vivência totalmente diferente da vivência da instituição particular que leciono. Quando cheguei ao 8º ano, cheguei meio que preocupada, mas a turma foi tão receptiva que logo me acostumei a eles e eles a mim e a aula de sistema cardiovascular fluiu de uma maneira tão simples que as horas passaram e nem nos demos conta. O olhar deles para a aula audiovisual que eu levei foi legal que valeu a pena ter dormido tarde preparando. Foram totalmente participativos tanto que foi na turma deles que também ministrei minha palestra para eles.

#SistemaCardiovascular
#EstagioSupervisionado

Prática de solos - Montagem do Vulcão - 6º ano


O 6º ano de qualquer escola é conhecido como uma das turmas mais complicadas de dar aula por ser crianças mais inquietas e "elétricas". Nesse dia foi proposto a turma a montagem de um vulcão que fazia parte do conteúdo estudado por eles. O aluno da foto trouxe um vulcão mas não conseguiu fazer com que a "lava" saísse e isso fez com que ele ficasse muito triste e achando que não tinha conseguido. Eu fui la e falei para ele que so o fato dele ter tentado fazer já era o suficiente para mostrar o interesse dele. Da tristeza no rosto dele, apareceu um lindo sorriso que simplesmente me fez ganhar o dia. A sala de aula é o melhor ensinamento para um estudante de licenciatura, pois a prática vai muito além do que a teoria nos ensina. O chão da sala de aula é o nosso melhor professor.

#CiênciaEShow
#EstagioSupervisionado