BIOLUMINESCÊNCIA DE FUNGOS: DISTRIBUIÇÃO, FUNÇÃO E
MECANISMO DE EMISSÃO DE LUZ
Anderson Garbuglio
Oliveira
Departamento de Genética e Evolução, Universidade Federal
de São Carlos, Rodovia João Leme dos Santos, km 110, 18052-780
Sorocaba – SP, Brasil
Rodrigo Pimenta
Carvalho, Hans Eugene Waldenmaier e
Cassius Vinicius Stevani*
Departamento de Química Fundamental, Instituto de
Química, Universidade de São Paulo, CP 26077, 05599-970 São Paulo – SP,
Brasil
Recebido em 7/5/12; aceito em 20/8/12; publicado na web
em 6/2/13
RESUMO
Bioluminescência, a emissão de
luz fria e visível por seres vivos, é um fenômeno amplamente distribuído ao
redor do mundo, sendo encontrada principalmente nos oceanos. Com relação à bioluminescência
fúngica, existem diversos registros históricos sobre a emissão de luz de
madeira e outros tipos de material celulósico em decomposição. Acredita-se que
a principal função biológica da emissão de luz por fungos seja a de atrair
insetos dispersores de esporos, o que ocorre em fungos não bioluminescentes,
como em algumas espécies de fungos fétidos da família Phallales, que atraem
moscas. O artigo tem como objetivo demonstrar o mecanismo de bioluminescência
em fungos a partir das propostas de Dubois que demonstrou o primeiro exemplo de
reação luciferina/luciferase, em 1885, através da preparação de dois extratos a
partir dos órgãos luminosos do besouro Pyrophorus
noctilucus, Airth e Foerster que realizaram diversos experimentos
bioquímicos com o intuito de esclarecer o mecanismo de emissão de luz em fungos
e Shimomura que relatou que extratos preparados com o fungo bioluminescente P. stipticus não emitiam luz, segundo o
procedimento descrito por Airth e Foerster. Apesar dos diversos trabalhos sobre
fungos bioluminescentes publicados nos últimos 50 anos, apenas modestos avanços
foram feitos na investigação acerca do mecanismo de bioluminescência fúngica.
http://www.scielo.br/pdf/qn/v36n2/v36n2a18.pdf
http://www.scielo.br/pdf/qn/v36n2/v36n2a18.pdf